terça-feira, 28 de setembro de 2010

Plano de Aula - Combate a hemofobia no ambiente escolar

Plano de Aula – Combate a homofobia no ambiente escolar

Autoras: Evina Gomes Rodrigues Alves, Ester de Melo e Rosileide Ribeiro RodriguesDRE – Diretoria de Ensino de Porto NacionalModalidade / Nível de Ensino: Ensino MédioComponente Curricular: Biologia e Língua PortuguesaTemas: Biologia: Relações de gênero - Homossexualidade - combate a homofobia
Língua Portuguesa: Gênero textual – debate sobre o combate a homofobia; Linguagem verbal e visualDados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
Favorecer o entendimento dos conceitos-chave para realizar ações educativas de enfrentamento da homofobia na escola.
Criar condições de utilização e familiaridade com esses conceitos através de dinâmicas de trabalho em grupo.
Levantar com a turma pontos que chamam atenção na história Probabilidade.
Duração das atividades
Para abordagem em três aulas de 50 minutos cada.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Bases legais (Lei Universal dos Direitos Humanos, Constituição Federal de 1988 e LDB 94/96) cuja finalidade é contribuir para a implementação do Programa Brasil sem Homofobia, visto que o Governo assinou a Declaração Ministerial da Cidade do México e tem como meta reconhecer as expressões diversas e combater a discriminação.
Estratégias e recursos da aula:
ProblematizaçãoComo a escola, professores e alunos deveriam agir diante de situações de preconceito e violência vivenciadas por alunos LGBTs?
Materiais:
Datashow, computador, vídeo, folhas de papel A4, lápis caneta e cópias do texto.
Passo a passo
1º passo - Dinâmica do Bolesh nº 1. Leitura da imagem realizada pelos/as alunos/as em dupla. Depois da leitura da imagem cada participante tentará mostrar o que percebeu ao descrever a imagem e dizer o que sentiu durante a descrição da mesma. Em seguida faz-se a leitura do texto É mulher ou é homem? Fazendo uma comparação com a leitura visual anterior.
2º passo – Assistir ao filme “Probabilidade”.
3º passo - Peça aos seus alunos quais temas foram abordados na história. Escrever as respostas no quadro ou numa folha de cartolina. Se a partir das respostas dadas, você notar que algumas/uns alunas/os ainda têm dúvida sobre a mensagem da história, passá-la novamente ou selecionar cenas específicas ou um conjunto delas.
4º passo – Questões para animar o debate:
O que significa para você duas garotas se abraçando na escola?E dois garotos? Vocês veem essas duas situações da mesma forma?
Que tipos de preconceitos aparecem na escola por causa da orientação sexual de alunos/as, professores/as e funcionários/as?
Um/a professor/a tem o direito de tentar mudar a orientação sexual de um/a aluno/a?Por quê?
Um/a professor/a teria menos credibilidade se fosse LGBT? Por quê?
O que vocês poderiam fazer para que a sua escola seja uma escola sem homofobia?
O que incomoda vocês em relação à homossexualidade? Por quê?
Como você reagiria que seu melhor amigo é gay? Ou que a sua melhor amiga é lésbica? Ou que ele ou ela é bissexual? O sentimento é diferente para cada caso?
É comum seus/suas amigos/as fazerem piadas sobre LGBTs? Como vocês acham que um/a colega homossexual se sentiria? E como vocês reagem quando alguém faz piada sobre alguma característica pessoal sua?
Que tipos de violência são praticados contra os/as LGBTs?
5º passo - Socialização dos questionamentos.

ConclusãoFazer a síntese final, problematizando a partir das interpretações/leituras predominantes sobre a história: que valores foram expressos em relação à orientação sexual dos jovens, como a classe reagiu à amizade entre Leonardo e Mateus etc. Finalizar lendo o texto Confidências de uma garota bissexual para o grupo.
Referências bibliográficasBolesh 1 – Boletim Escola sem Homofobia.
Guia de discussão e propostas de dinâmicas para trabalhar com o DVD. Escola sem Homofobia.
Vídeo - ECOS - Comunicação em Sexualidade.

AvaliaçãoAo final dos trabalhos os/as alunos/as deverão ter conhecido mais sobre o combate a homofobia na escola e ter desenvolvido um olhar mais crítico em relação à temática. Os alunos serão avaliados também através da participação e envolvimentos nas atividades propostas.

Conceito de Curriculo e o processo de integração de Tecnologia ao Curriculo

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Após várias leituras sobre Currículo percebi que envolve toda uma organização social da qual faz parte da história e das concepções de uma população, das relações de poder existentes neste meio e dessa forma ele não pode ser encarado como uma sequência de conteúdos a serem transmitidos e recebidos de maneira passiva e aleatória. O currículo escolar reflete todas as experiências em termos de conhecimento que serão proporcionados aos alunos de um determinado curso.
Nessas leituras foi possível encontrar várias definições sobre o assunto:
- currículo formal - planos e propostas pedagógicas;
- currículo em ação - aquilo que efetivamente acontece nas salas de aulas e nas
escolas;
-currículo oculto - não dito, formas de relacionamento, poder e convivência nas
salas de aulas;
- currículo são matérias constantes de um curso(adotada historicamente pelo
MEC; programas de conteúdos de cada disciplina; “ Expressão de princípios e
metas do projeto educativo(PCNs).
Segundo Moran, os currículos escolares demonstram certa incoerência entre as teorias da aprendizagem e as propostas curriculares que se efetivam nas instituições educativas. Vários educadores ainda estão presos a uma visão do currículo tradicional, formado por conteúdos isolados, que levam a uma prática educacional desarticulada da realidade sócio-cultural do aluno. Quando se pensa num currículo numa perspectiva pós-moderna, pensa-se como são construídos os saberes particulares, quais as práticas discursivas constroem sentidos que as pessoas dão às coisas.
Pensar em quais contribuições das tecnologias ao desenvolvimento do currículo, sobretudo é pensar em um plano estruturado onde se encontram enunciados as principais finalidades, objetivos, conteúdos e linhas orientadoras do que se pretende ensinar. A escola precisa reaprender a pensar o currículo como processo e meio de agregar todas as transformações em prol do saber e da formação integral do ser humano. Currículo hoje não é sinônimo de organização disciplinar e sim de projetos colaborativos que integram ser e saber. Também é preciso estar atento as três instâncias de organização do currículo como: organizar princípios éticos, políticos e estéticos que fundamentam a articulação entre as áreas do conhecimento e aspectos da vida cidadã. (Diretrizes Curriculares Nacionais- Educação Básica, CNE-2001).
A integração entre currículo e tecnologias potencializa mudanças na aprendizagem, no ensino e na gestão da sala de aula e se estabelece numa ótica de transformação da escola em um espaço de experiência, de ensino e de aprendizagem ativa, de formação de cidadãos e de vivência ampliado pela presença das tecnologias. As contribuições significativas à aprendizagem acontece quando integrado a um projeto
Curricular com clareza da intencionalidade pedagógica voltada ao desenvolvimento da capacidade de pensar e aprender com tecnologias.
Uma das formas de se trabalhar o currículo é desenvolver projetos de aprendizagem, porém deve se ter o cuidado de não se propor projetos prontos aos estudantes, deve-se orientar visando atender as reais necessidades dos educandos, tirando suas duvidas sobre determinado tema, satisfazer as curiosidades dos mesmos em relação ao conteúdo estudado ampliando dessa forma sua aprendizagem. Mas, para desenvolver projeto no âmbito do currículo, é preciso repensar a função da escola e ter o aluno como foco principal. Projeto precisa ser bem planejado e ter clara a sua intencionalidade dando oportunidade de participação do aluno na escolha de temas para sua construção, fortalecer a sua autonomia, as responsabilidades, valorizar diferentes habilidades e não apenas a sua execução.

Evina Gomes Rodrigues Alves

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Realização do Encantando o Saber


































































































































Socializando Experiência com Projeto

A experiência de trabalhar, acompanhar e vivenciar o Projeto Encantando o Saber como professora idealizadora e depois como coordenadora pedagógica do Ensino Médio – CEM Professor Florêncio Aires, foi bem gratificante. O envolvimento das três séries trabalhada com as disciplinas de Língua Portuguesa/Literatura, Arte, História e Educação Física, tendo como objetivo a melhoria da leitura e interpretação, a interação entre os alunos e professores. A iniciativa de criar e desenvolver esse projeto se deu durante aula de Língua Portuguesa, quando ministrava os conteúdos do estilo barroco, romantismo e modernismo, seguido de produção textual. Muitos trabalhos interessantes foram desenvolvidos pelos alunos através de leituras e uso de recursos da informática como pesquisa (CD –Room, internet) e para criação de trabalhos gráficos (folder) e biblioteca. Os alunos pesquisavam sobre a música, o artesanato, a dança, a poesia, o teatro, e a pintura. Depois se criou a Semana de Arte para expor as atividades produzidas pelos alunos e posteriormente o festival da canção estudantil com o titulo: Encantando o Saber. As apresentações eram acompanhadas de instrumentos como violão, teclado, pandeiro, harmônica e outros. A composição de músicas inéditas se desenvolvia em três dias com classificação das melhores letras, musicas e interpretação. Percebe-se que esse trabalho despertou em vários alunos o prazer pela música, onde os alunos criaram banda e seguiram a carreira de músicos.
Esse projeto incentivou muito para a leitura, escrita, interpretação e composição. O evento acontecia uma vez ao ano com a participação da comunidade escolar e sociedade portuense prestigiava as apresentações, a exposição e o resultado dos jovens que se destacavam na música, no recital de poesia, na dança e no teatro, seguido de premiações.
No final, realiza-se avaliação do projeto na forma de observação e de intervenções de acordo com cada categoria apresentada, um relatório contendo descrições do projeto, objetivos e conceitos ao longo das apresentações.

Evina Gomes Rodrigues Alves


Fala da Professora Lucimar Cavalcante - Experiência vivenciada em sala de aula.

O desenvolvimento do Projeto “Encantando o Saber” teve por objetivo de melhorar a leitura, interpretação e produção textual, promover a interação entre alunos, professores, escola e comunidade através da música e contribuir para a descoberta de novos talentos para o desenvolvimento artístico, como bandas de músicas, danas, teatro, recital de poesias, exposição de artes, bem como, o trabalho produtivo de composição de músicas inéditas e paródias.
As disciplinas envolvidas foram: Português, Literatura, Arte e História. Em Português foi desenvolvida a leitura e produção textual como poesias, parodias (composição de musicas inédita). Na Arte, a coreografia de danças, o teatro (linguagem corporal e desinibição dos jovens). N Literatura, conhecimentos e valorização de artistas da música popular brasileira.
As tecnologias e mídias utilizadas no desenvolvimento das atividades do Projeto foram de suma importância e de grande contribuição como o uso do Labin, som, data show, vídeo, instrumentos musicais como o violão, guitarra, teclado e textos diversificados de músicas.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O Analfabeto Politico

O Analfabeto Político - Bertold Brecht

O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe,
da farinha, da renda de casa,
dos sapatos, dos remédios,
dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro
que se orgulha e enche o peito de ar
dizendo que odeia a política.

Não sabe, o idiota,
que da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos
que é o político vigarista,
aldrabão, o corrupto
e lacaio dos exploradores do povo.

Bertolt Brecht - dramaturgo e poeta alemão